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Rondônia aumenta capacidade analítica e entrega cerca de 2 mil resultados de testes para a Covid-19 por dia
Governo de Rondônia adquire também insumos e aproximadamente 20 mil testes de extração

Publicado 05/09/2020
Atualizado 05/09/2020

Foto: Ítalo Ricardo

Pensando em dar continuidade ao serviço a longo prazo, zelando pelo bom uso do erário, tal como utilizando da modernidade em proveito da saúde pública, o Governo do Estado, por intermédio do Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen), ampliou a capacidade analítica, quanto a quantidade de exames liberados por dia, com a aquisição de dois equipamentos de extração automática de RNA ‘ácido ribonucleico’ , bem como insumos e testes de extração, aproximadamente 20 mil testes. O equipamento de extração de tecnologia de ponta servirá para processar amostras e realizar diagnóstico molecular em especial da Covid-19, inclusive para outros patógenos.

A extração manual continuará no mesmo ritmo, devendo o laboratório obter vantagem com os dois métodos. Com aquisição desses equipamentos, em conjunto com a manutenção da extração manual, levará o Lacen a uma capacidade de 1.823 testagens por dia com processo de amostras para detecção do SARS-COV-2 .

O aparelho atenderá os 52 municípios de Rondônia, sobretudo o município de Humaitá, pertencente ao Estado do Amazonas, região indígena e área de fronteira, não integradas ao Brasil, em Guajará-Mirim.

A benfeitoria se deu, graças ao recurso do Governo de Rondônia e sua preocupação com a população em tempos de pandemia.

De acordo com Ciciléia Correia da Silva, diretora do Lacen, o kit de extração (reação que antecede a amplificação) não extrai apenas o RNA ou DNA da Covid-19, como também outros patógenos. Este kit inicial estava em falta em muitos países, por isso o Ministério da Saúde (MS) não estava conseguindo suprir as necessidades dos estados, fazendo com que o Governo Federal encaminhasse unicamente o kit de amplificação (2ª fase do exame). Segundo ela, sem a parte inicial, que é o kit de extração, era impossível a realização dos diagnósticos.

Pensando nisso, o Lacen resolveu, a partir de abril deste ano, realizar todo o processo para adquirir os kits de extração. Diante disso, o laboratório conta com dois métodos de procedimentos: o manual e o automatizado.

Atualmente o Lacen recebe em torno de 1000 amostras por dia, a depender dos municípios. Com a nova aquisição, o laboratório ganhará mais forças e poderá suprir uma demanda maior, ampliando a testagem por dia.

Para a diretora, utilizar equipamento tecnológico para realização de exames é sempre bem-vinda e mais segura. Ciciléia esclarece que a extração manual é trabalhosa e envolve muitos recursos humanos, tal recurso que está em falta em quase todas as unidades.

Além disso, a diretora comenta que a extração automatizada reduz o manuseio da amostra e aumenta a qualidade da análise. “A extração manual é muito trabalhosa, e por isso, a extração automatizada é um sonho de todo laboratório. Traz economia com recursos humanos e possui mais segurança”, esclarece.

A bióloga do Lacen, Camila Flávia Azzi, atuante na extração dos exames, relata que os dois equipamentos vão possuir uma capacidade de realizar 64 extrações a cada 45 minutos e possui uma placa preparadora com reagentes para fazer o trabalho. “As únicas coisas que temos que fazer são colocar as amostras em cada tubo identificadas na placa, inserir a placa no aparelho, certificando-se da condição que esteja presa, e por fim dar início a execução. O resultado transfere para um microtubo eppendorf (armazenamento com tampa) para o processo de reação”, conta a bióloga, deixando claro, que seu funcionamento é simples e trará celeridade ao processo.

Para a diretora Cicileia Correia, o Lacen tem se tornado referência em exames laboratoriais, se comparado com outros laboratórios de saúde pública nos demais estados. De acordo com ela, é possível visualizar o que Rondônia representa hoje para Brasil, quando falamos em números e tempo de liberação dos exames para Covid-19.

Estados mais avançados não possuem no seu rol de equipamento, os extratores, mas Rondônia já conta com dois. “O Lacen evoluiu muito e cresceu como laboratório, alcançando um patamar que sempre sonhavámos. Desde o início da pandemia, a instituição sofreu uma remodelagem e hoje é conhecida pela sua estrutura e tecnologia de ponta”, afirma.

Para Aline Linhares, assessora técnica, o laboratório não somente se destaca na área epidemiológica, mas também nas áreas sanitária e ambiental (vigilância laboratorial). “É importante para população rondoniense conhecer que hoje possui um instrumento eficaz de atendimento.  Toda preocupação do laboratório é visando o interesse na promoção da saúde pública. As ações realizadas por esta instituição estão consoante com a missão do Governo. Não se aplicando apenas na orientação, mas também na agilidade, qualidade e ótima metodologia”, finaliza.

O Lacen saiu de um laboratório pequeno, superando em referência grandes estados. Atualmente no controle do equipamento automatizado, o Laboratório conta com uma equipe especializada em biologia molecular, com título de mestres e doutores.

DIAGNOSTICAR PARA CUIDAR

Na oportunidade, a assessora técnica, Aline Linhares, comentou que o Ministério da Saúde, há pouco tempo, lançou um programa chamado “Diagnosticar para Cuidar”. Tal programa cuja função é estender os critérios de coletas do PCR ‘proteína C-reativa’. Um teste de padrão-ouro que identifica o próprio agente etiológico da doença. Antes, o acesso ao critério de coletas do PCR era restrito a um determinado grupo. De agora em diante, se estendeu a todas pessoas que possuem síndrome gripal, síndrome respiratória aguda, pessoas assintomáticas em população critica, como indígenas, casas de idosos, profissionais da saúde, entre outros.

O objetivo da iniciativa é chegar o mais próximo da testagem em massa. Por essa razão, o Ministério da Saúde disponibilizou ao Lacen diversos materiais de coleta, fazendo com que assim o Estado não fique desabastecido com previsão até dezembro.

Estes materiais serão distribuídos para os municípios de Rondônia, por isso não haverá justificativa de procurar atendimento e não ter. Antes da pandemia, o material de coleta era uma situação crítica, contudo no momento atual conta com estabilidade no fornecimento dos insumos.

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