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Vídeo: “Muito feliz”, diz mãe após reencontrar bebê sequestrado
Larissa de Almeida Ribeiro precisou ser internada, após ter o filho levado do HRT, mas afirma que agora está aliviada

Publicado 28/11/2019
Atualizado 28/11/2019
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Foto: Reprodução/REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Depois de passar pela angústia de ver o filho ser levado ainda na maternidade do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), a mãe da criança, Larissa Almeida Ribeiro, 21 anos, precisou ser internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Apesar disso, segundo ela, o alívio, agora, é completo, depois de o bebê ter sido encontrado.

“Fiquei muito angustiada durante as investigações. Meu sentimento depois de tudo o que se passou, neste momento, é de felicidade”, afirmou Larissa. Ela, que é cabeleireira, disse que não conhecia a mulher que sequestrou a criança, na madrugada desta quinta-feira (28/11/2019).

Segundo a mãe de Larissa e avó do bebê, Francisca de Almeida Ribeiro, 55, o pequeno está muito saudável e bem cuidado. “O momento do reencontro foi lindo e emociante. A Larissa vai ser internada e o bebê está sob cuidados da equipe médica”, contou.

No vídeo, uma pessoa pergunta se a criança é filho dela. “É ele”, responde Larissa. Então, questionam: “Não tem dúvida?”. Ela responde com um sorriso no rosto: “Não”.

A avó, depois de ver o neto recuperado, também se mostrou alegre a aliviada. “Agora, a gente vai cuidar mais ainda. Muito mais!”, afirmou Francisca. Ela contou a reação da filha durante os momentos de angústia.

“A Larissa, como estava sedada, deu um surto. ‘Mãe, esse menino não vai ser achado. Levaram ele para vender’, ela dizia”, lembra Francisca, que tratou de acalmar a filha.

Segundo a avó, a sequestradora teria confessado para a polícia que “levou mesmo o menino”. “Ela (a suspeita) já está presa. Vai pagar por isso. Que isso nunca aconteça com ninguém”, desejou Francisca.

Bebê recuperado
O reencontro aconteceu cerca de seis horas depois de o bebê ter sido sequestrado. Servidores do HRC afirmaram que a suspeita deu entrada na unidade de saúde.

A mulher pediu a ajuda do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) com a desculpa de que teria dado à luz um menino em casa. Ao chegarem no HRC, os profissionais estranharam e, ao investigarem o caso, perceberam que poderia ser a criança levada do HRT.

A polícia e os familiares chegaram juntos ao hospital e confirmaram que se tratava do mesmo bebê. A suspeita, então, foi presa.

Francisca, que também é cabeleireira, confirmou que o neto foi encontrado. “Graças a Deus”, disse ao Metrópoles. Segundo ela, a suposta sequestradora foi presa.

Minutos depois, uma das irmãs de Larissa de Almeida Ribeiro, 21, mãe do menino, postou uma foto em rede social.

A Polícia Civil (PCDF) começou a investigar o sequestro ainda na madrugada desta quinta-feira (28/11/2019). De acordo com familiares do menino, uma mulher de jaleco teria visitado a criança e a mãe às 3h e a levado para fazer um exame de glicemia. No entanto, não a devolveu.

Segundo comunicado da PCDF, “a Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) informa que a autora do crime foi presa e conduzida para a sede da divisão. A criança está no Hospital Regional de Ceilândia e foi reconhecida por sua mãe”. Ainda de acordo com a nota, ambos ficarão internados no HRC.

Secretaria
A Secretaria de Saúde confirmou que uma paciente comunicou à equipe da enfermaria da ginecologia que seu bebê foi levado para exames e não teria retornado. A ocorrência foi registrada de imediato pela enfermeira no posto policial do hospital. No início da manhã, a mãe foi levada à delegacia para prestar depoimento.

“O HRT está colaborando com a polícia, com informações que possam ajudar a solucionar o caso. O bebê, que estava no terceiro andar, onde havia segurança, nasceu às 8h da manhã de ontem (quarta-feira), de parto cesariana”, disse a Secretaria de Saúde, em nota.

Ainda no documento, a pasta informou que a equipe de vigilância do hospital conta com 15 seguranças e um supervisor. “Assim que o fato foi comunicado, os vigilantes iniciaram uma varredura em todas as instalações do hospital e na área externa. Desde a madrugada, seguranças do hospital, juntamente com as polícias Militar e Civil, fazem buscas nas áreas próximas ao hospital”, destacou.

A Saúde informou que, no HRT são realizados, em média, 300 partos por mês. Este ano, até outubro, foram registrados 3.562 partos.

Sequência
A criança tinha apenas 19 horas de vida quando foi levado. A avó materna, Francisca de Almeida Ribeiro, 55, conta que a filha havia sido transferida da UPA do Gama para o HRT ainda nessa terça-feira (26/11/2019), mas o parto só ocorreu na manhã de quarta (27/11/2019).

“Foi um bom parto. Fomos transferidos da UPA do Gama porque lá não poderíamos realizar o ultrassom”, lembra. Em Taguatinga, após a cesariana, Larissa não pôde ficar com acompanhantes, segundo os familiares, porque ela tinha que ficar em observação.

Por volta das 10h da manhã dessa quarta-feira (27/11/2019), Francisca voltou para casa, mas manteve contato com a filha. “Eu falei para ela: ‘Cuida do bebê, não deixa ninguém pegar nele'”, diz.

 

Fonte: metropoles