Guajará-Mirim,

Mais de 150 rondonienses que estudam na Bolívia são trazido de volta ao Brasil
Jovens relatam que estavam com dificuldades financeiras para permanecerem no país vizinho. Bolívia declarou emergência sanitária e quarentena total com toque de recolher em todo o território, no dia 17 de março.

Por G1 RO
Publicado 14/04/2020
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Foto: Governo de Rondônia/Divulgação

O Governo de Rondônia divulgou na segunda-feira (13) que 159 rondonienses que estudam na Bolívia foram repatriados para o Brasil durante o último final de semana. Os jovens estudam em Cochabamba e Santa Cruz de La Sierra e tiveram as aulas suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus.

A operação foi coordenada pelo Corpo de Bombeiros, segundo o órgão, as listas de alunos rondonienses foram repassadas pelo Consulado Brasileiro na Bolívia. E todos os 159 alunos fizeram testes para Covid-19, quando passaram pela barreira internacional e quando chegaram em Vilhena (RO), no Cone Sul do estado. A ação foi acompanhada pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa).

Os viajantes cruzaram as fronteiras de ônibus com apoio dos quartéis dos bombeiros de Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Corumbá (MS). Somente de Corumbá para Porto Velho são 2,6 mil quilômetros rodados que somam 30 horas de viagem.

A maioria dos estudantes cursa medicina no país vizinho, para eles a oportunidade de retornar ao Brasil durante a pandemia foi um alívio. Além de passar o momento difícil com a família, a repatriação ajuda a aliviar as contas, já que segundo relatos dos estudantes, muitos pais não estão conseguindo trabalhar normalmente para manter os filhos em outro país.

Até o momento, na Bolívia há 330 casos confirmados do novo coronavírus e 27 mortes.

A Bolívia declarou emergência sanitária nacional e quarentena total com toque de recolher em todo o território, no dia 17 de março. No dia 7 de abril, o prefeito de uma cidade na Bolívia foi preso por permitir uma festa religiosa que se tornou o foco de contágio da Covid-19, com seis infectados e um morto.

O chefe da polícia de investigações de La Paz, Iván Rojas, informou que o prefeito Tiburcio Choque, da cidade de Patacamaya (sul de La Paz), foi acusado "pelos crimes de ataque à saúde pública, perigo de destruição e quebra de deveres ".

Tiburcio foi denunciado pelo Ministério Público por permitir uma festa religiosa de cinco dias (de 12 a 16 de março), na qual participaram cerca de 600 convidados de outras partes do país.

Na época da festividade, o governo boliviano havia determinado a suspensão de eventos públicos que reunissem mais de cem pessoas.

Fonte: G1 RO